sexta-feira, 20 de julho de 2012

Os video games chegaram ao mundo há mais de 40 anos e desde então vivem uma trajetória de ascendência fenomenal. O que poderia ter sido considerado por alguns como sendo “meteórico” provou a todos os descrentes do ramo que a tecnologia de entretenimento digital veio para ficar e para abocanhar mais do que apenas uma reles fatia de mercado.
Os consoles percorrem uma trajetória relativamente linear, sendo que, a cada novo lançamento, a evolução da plataforma acontece no motor gráfico e na capacidade motora de cara aparelho. Isso implica a melhora da qualidade gráfica e a entrega de elementos audiovisuais dignos dos filmes mais antigos de ficção científica.

 
No entanto, em certos momentos da história, a curva evolucionária dos games foi acometida por uma abordagem clandestina — que descobriríamos mais tarde que também veio para ficar. Trata-se da impiedosa e copiosamente artística indústria de video games chinesa.
A arte dos chineses em questão é referente a pura e simples “cópia descarada” dos consoles mais famosos do mercado. O trabalho alcança tal amplitude que é pouco provável que você não tenha ouvido falar (quiçá até visto) de pelo menos uma dessas plataformas do país do Kung-Fu.
Vamos aos clones:

PolyStation: mais de mil jogos na memória


 

Senão a primeira das modificações empresariais, o PolyStation deve ser o mais famoso clone de todos no Brasil. Trata-se de uma versão externa do primeiro PlayStation, com a alma de um Super Nintendo. Isso mesmo, a parte superior que indica a capacidade de ler mídias em formato de disco, na realidade é uma tampa do local onde os cartuchos são inseridos.
“Os primeiros mil jogos do video game vêm na memória”. Isso pode até ser verdade, contando que os jogos são piores dos que os celulares “meia-boca” que existem por aí nos dias de hoje.

PolyStation 2


O mercado evolui e a indústria paralela não pode ficar para trás. Eis, então, que o PolyStation ganhou sua “segunda geração”.

Finalmente, o PolyStation 3!

Trata-se de um video game mais simples, com um sistema pouco sofisticado, mas que faz a alegria dos fãs. Não acredita que ele é divertido? Então confira o vídeo acima e tente não rir...

POPstation, o PSP Xing-Ling

 
Tamanho de PSP, formato de PSP, caixinha parecida com o PSP... Mas na realidade está mais para um “Brick Game”, com Tetris e afins.

Chintendo Vii

O console com os sensores de movimento da Nintendo não podia ficar de fora dessa honraria da clonagem. O problema, novamente, são os jogos, que apresentam uma qualidade infinitamente inferior do que os títulos que compõem o hall de games do original console da “Big N”.

O futuro em nossas mãos

 
O Wii U nem foi lançado ainda, mas o mercado chinês já tratou de utilizar o visual da nova plataforma da Nintendo em uma mistura de 3DS com o controle-tablet do vindouro console. Toda essa mistura com ar de iPhone é chamada “JXD S5100” e utiliza sistema operacional Android.

PX 3600

 
A Microsoft também recebeu uma homenagem relacionada ao Xbox 360. Trata-se do PX 3600, um console preto, com desenhos em formato de “x” — todos feitos no conhecido tom de verde. Os controles também assumem um contorno bastante semelhante aos da plataforma original, inclusive com uma distribuição de botões incrivelmente parecida. Já a qualidade visual...

X-Game 360

 
As clonagens nem sempre seguem o manual de distinção dos piratas. Às vezes, a cópia sai descarada e mal feita mesmo. Para falar a verdade, acho que não existe esse tal manual...

Xing-Kinect


Um video game chinês que apareceu há pouco tempo promete entregar uma captura de movimento similar ao que se conhece pelo Kinect, da Microsoft. Produzido pela  Eedoo Technolog, o aparelho se chama “iSec” e pode até realizar uma função semelhante à do aparato do Xbox 360. Mas a qualidade...

Super Nintendo

 
Sabe-se, pelo conhecimento popular encontrado na internet, que existem em torno de 377 clones do Super Nintendo. Um deles é o Retron, que mesmo visando o mesmo caminho do SNES, não consegue clonar Mario e Luigi...

FunStation 3

 
Um console com a cara do PS3, que utiliza cartuchos de “Nintendinho” em vez de Blu-rays. É exatamente por essa razão que existem tantos jogos para esses tipos de console do tipo “1.000 em 1” ou até astronômicos “1.000.000 em 1”.

Super PS3 Nintendo Famicon

 
Algumas falsificações são tão criativas que conseguem agregar qualidades. Veja, por exemplo, este PlayStation Famicom. Se por um lado a caixa indica uma próxima geração de PS3, por outro podemos ver um tipo de Master System...

Nintendo PolyStation (da Namco)

 
Não há muito que comentar sobre essa figura retirada do site CVG. Um PolyStation da Nintendo feito pela Namco. Genial.

Nintendo Street Fighter

 
Quem não está habituado com os portáteis pode até se confundir ao ver de longe um console como este. Trata-se de um aparelho com o design similar ao do Nintendo DS, com um rudimentar sistema que só reproduz Street Fighter 1 e, talvez, futebol. Note o “Soccer” escrito embaixo da tela inferior.

Console X

 
O que parece uma tentativa de imitar o Xbox acabou em um curioso formato de “porta-malas de fusca”. O console já vem com alguns porta trecos internos...

PS2 Alarm Clock

 
Esse clone chinês da versão “nave-mãe” do PlaySation 2 ainda se preocupa com a saúde dos gamers. Ela traz um relógio digital, para que você não se perca nas horas enquanto joga...

Nem sempre a clonagem sai como o esperado

 
É um clone do Genesis. Não, é de SNES. Não, de Genesis...

Vita-Ling

 

O novo PlayStation Vita já tem uma versão clonada antes mesmo de seu lançamento. Ela se chama Yinlips YDPG 18, roda o sistema operacional Android e possui especificações técnicas muito boas para um console “alternativo”. Você pode conferir os dados técnicos clicando aqui.

Preços e apologia

 

O mérito de “por que as indústrias chinesas lançam cópias baratas dos consoles” não está aqui em discussão. No entanto, é de bom grado frisarmos que a indústria da pirataria, em geral, apoia-se na justificativa de que o custo da aparelhagem original é muito alto. Seria o produto dito “similar” uma alternativa para pessoas que não dispõem de uma alta quantia de dinheiro para gastar em um “video game”.
 

Outra razão possível seria simplesmente uma questão de alternativa barata mesmo. Algo com o objetivo de “clonar” um aparato tecnológico que proporcione uma diversão casual para pessoas que não se importam com marcas, nomes ou qualidade — tudo isso disponibilizado por um precinho que cabe no bolso pequeno de sua jaqueta.
Tanto as duas razões anteriores quanto quaisquer outras que possam ser atribuídas às cópias chinesas são atitudes que atentam contra o trabalho de desenvolvedoras sérias, que produzem jogos e aparelhos com qualidade superior. O BJ e o Tecmundo são terminantemente contra o uso de produtos piratas e também contra a apologia desse tipo de produto.
Mas que é divertido vê-los, isso é!

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